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Arquitetos: Architectes DPLG, Yves Ballot et Nathalie Franck
- Área: 2113 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Antoine Guilhem Ducléon
Descrição enviada pela equipe de projeto. Agrupados para formar uma nova centralidade, um centro de atividades, uma creche e uma escola de música permitem a preservação dos edifícios de tijolos, complementados com fachadas de vidro e metal. Mais do que um contraste, o jogo da modenatura (ou modénature) faz com que todos tenham algo a dizer.
O Château de Soule é uma residência típica da região rural do Languedoc, cujo acúmulo de anexos e instalações agrícolas perverteu a interpretação estruturante do pátio; além disso, é singular que apenas o pombal, localizado mais ao sul, tenha sido classificado como monumento histórico. Abrindo-se ao norte sobre um parque de árvores bicentenárias, o edifício se beneficia de um cenário paisagístico excepcional, reforçado pelas intervenções delicadas do paisagista Anouk Debarre. Há muito negligenciado, o edifício principal começou a se deteriorar severamente.
E devemos saudar a energia da cidade em reconverter este patrimônio, resistindo à tentação de criar um conjunto habitacional; parte dos estudos de gestão do projeto foram dedicados a reagrupar os lotes favorecendo a constituição de um novo epicentro para o distrito de Coteaux Sud. Vencedores do concurso, no início de 2010, os arquitetos alimentaram o programa, incutindo uma nova dimensão urbana; eles detectaram o potencial poético e institucional que o antigo pátio poderia reavivar nos habitantes.
Mas para que o vazio qualifique um espaço, as arquiteturas que o cercam ainda devem assumir sua presença total, especialmente porque juntas somam apenas 2.100m2. O centro de atividades, que serve como sede para associações, ocupa a maior parte da construção. A creche está concentrada no oeste e utiliza o modelo sugerido pela parede alta mantida na proposta. A escola de música está disposta em forma de L na margem sudeste do pátio. Aproveitando a presença de outros elementos mantidos para definir seus espaços privados, a escola também tem uma ante-sala semi-coberta onde o tocar de instrumentos assume um som particular. Esta parte do projeto é implantada com R + A e seu teto infla para integrar clarabóias e áreas técnicas.
Envoltório diáfano. As paredes de tijolos antigas estavam equilibradas precariamente, com os batentes originais contribuindo para o seu escoramento. As intervenções de Ballot e Franck nunca estiveram em contradição com este diagnóstico. Elas foram desenvolvidas para que os espaços fossem definidos tanto pela impressão das seções de tijolos quanto pelos envoltórios diáfanos das extensões. Muitos espaços intermediários nascem deste método de composição. As expansões verticais dão às superfícies menores uma generosidade espacial que reforça o impacto dos materiais, como na sala de atividade tranquila do berçário, ou no salão da escola de música.
Originalmente pensados com telhas, os telhados hoje assumem uma estética francamente contemporânea. Eles não têm nenhum elemento que revele sua tecnicidade e são compostos seguindo a abstração de filtros metálicos montados a partir de uma inclinação suave. Em contato com as paredes antigas, um revestimento liso de aço galvanizado proporciona uma variedade de reflexos, combinando com os tons do alumínio bruto da cobertura. Ele revela a espessura das trepadeiras que se decompõem em várias camadas, de modo a formar um verdadeiro espaço tampão entre a camada de impermeabilização e a folha externa de alumínio. Como uma almofada de ar, este espaço atua como um amortecedor térmico. O mesmo revestimento foi utilizado na frente, no primeiro plano das grandes janelas.
A proporção da perfuração cumpre, então, a função de sombreamento solar, sem interferir na entrada de luz. Acima de tudo, a pele metálica exibe suas dobras em V que criam um jogo de luz que difrata muitos raios do sol. Estas folhas rodeiam o jardim de infância, definindo um novo pátio íntimo. No R + 1 da escola de música, elas camuflam a espessura de uma fachada dupla, útil tanto para quebrar a incidência de radiação solar do sul, quanto para minimizar a proliferação de sons que emanam das salas de música. Esta passagem flutua acima do terreno natural. Ela também ilustra as relações sutis que as intervenções contemporâneas têm com o local ajardinado, como contraponto às relações volumétricas estabelecidas pelas antigas paredes de tijolo.
